terça-feira, 29 de agosto de 2017

Regulagem de rotina


Esse é mais um caso daqueles que o violão quase nunca é limpo após ser usado rsrs

Tirando a sujeira não tinha quase nenhum problema grave com ele, a não ser cordas de nailon misturadas com aço e um problema nas tarraxas que veremos mais pra frente.




 Nesses casos nada além do esperado mesmo... Gordura e craca na escala.




 E no tampo também





 Cordas velhas, adeus !!




 Aqui o rastilho se soltou do captador... Nada grave.




 Metade limpa e metade suja, puta diferença.




 Escala limpa, braço regulado, trastes retificados aguardando polimento.




Tampo limpo




  Cavalete hidratado




 Esse Takamine é chinês, mas é um bom violão, bem construído. Mas tarraxas e outros componentes são de baixa qualidade, eu trocaria tudo rsrsr.





 Trabalho quase finalizado...




 Agora é possível ver os controles, esqueci de tirar a foto do antes mas essa parte estava muuuuito suja e cheia de pó.




 Componentes de baixa qualidade eu não disse ? As tarraxas são muito fracas e estas aqui estão perdendo as buchas e ficando frouxas, desafinando etc...  Já convenci o dono a importar umas tarraxas de qualidade para substituir essas ai que .... 




 Regulado para encordoamento .011

Importante que o violão seja sempre regulado de acordo com o calibre de cordas que vai se usar, mudar o calibre das cordas sem regular pode e muito provavelmente irá empenar o braço.




 Bacana, ta aí o bicho




 O ideal é que a regulagem fique entre 2 a no maximo 2.7mm no mizão e 1 a 1.8mm na mizinha.



 E não pode trastejar as cordas soltas nem trastejar em nenhuma casa, nenhuma nota deve estar trastejando. Se acontecer a regulagem não está boa.

Isso acontece por vários motivos, a maioria esta relacionada com o braço. Torções, empenamentos, trastes gastos, mal colocados etc.... Pode ser algo relacionado ao cavalete também, ou o tampo.. Enfim. Na dúvida recorra ao luthier profissional para não fazer cagada no seu instrumento rsrsrs.

 Aqui ficou bem bacana a regulagem, 2.5mm



 Pronto para voltar para casa.
















terça-feira, 22 de agosto de 2017

Captador para violão PARTE II





Bom, essa postagem seria uma continuação da postagem CAPTADOR PARA VIOLÃO:



O primeiro eu fiz com um captador de saída alta, e imã cerâmico, este segundo vou usar um single de saída média, com imã de alnico.

Vou redesenhar a moldura que prende o captador no tampo do violão, dessa vez será ligeiramente menor, mais leve e com diferentes opções de cores e combinações com o single. O próprio single de alnico em sí ja é mais leve que o cerâmico, a ideia aqui é montar um conjunto mais leve de captador e com um som mais vivo e com um pouco mais de brilho.


Então mãos a obra... Vou aproveitar a moldura antiga para redesenhar o novo modelo. Evolução !!! rsrsrs









 Aqui vai sair uma moldura preta e outra translúcida



 E vai ficar assim:





 O novo conjunto além de menor e um pouco mais leve, conta agora com apenas 2 pontos de fixação no tampo do instrumento.



 Uma prévia das possíveis combinações capa - moldura.




 Essa translúcida eu achei bem legal.









Algumas combinações com o captador single alnico no violão:







O esquema é parecido com o outro, porém tem um isolamento muito mais aprimorado.





AS VANTAGENS EM RELAÇÃO AO PRIMEIRO MODELO:

* Mais leve

* Som mais limpo e mais brilho

* Praticamente sem ruídos (blindagem mais eficiente)

* Mais fácil instalação


























 As molduras são intercambiáveis entre os captadores como o novo sistema.




 E pode-se usar em qualquer modelo de violão, até os do tipo elétricos de captação ativa, como um complemento a mais de timbres.



 Eu já falei que o translúcido eu achei mais legal ? E também não esconde os detalhes do mosaico do violão 😀









Muito legal


Principalmente em violões do tipo folk, pois o som abre mais e fica mais bonito, enquanto o cerâmico fica um pouco mais grave o timbre.

Evolução !!!!     rsrsrs











segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Violão Giannini Antigo




Este violão eu adquiri para minha coleção particular, ou talvez uma futura revenda. É um Giannini antigo tamanho pequeno, com escala curta igual o meu outro dos anos 70.

A princípio eu pensei que o violão pudesse ser dos anos 50 ou 60, pois pela pintura e a marca de cola ao redor da boca e a falta de um mosaico nessa região nos leva a crer que ele tinha aquele ornamento em formato de estrela como observamos nos catálogos antigos da Giannini








 Um zoom para melhor compreensão:






Outra peculiaridade que me fez acreditar nessa data é o formato dos parafusos nas tarraxas, ao invés dos tradicionais parafusos phillips ele tem parafusos de fenda, remontando a essa época 50 - 60.


Mas depois mudei de opinião, e vamos ver o porque logo adiante.

Eis o violão exatamente como chegou aqui na G-Marx :




 Bem judiadinho né, mas temos que ver que esse violão tem ai no minimo 40 anos.. No mínimo !!!









 Essas marcas preta de tinta está muito feio, mas no geral o violão está bem inteiro





 Isso é de fábrica, a pintura avança por cima dos trastes, vejo isso em todos os Giannini´s dessa época que são do tipo pintados ao invés do acabamento natural em verniz.






 Infelizmente a etiqueta está rasgada, dificultando a identificação precisa do modelo e ano de fabricação do instrumento.




 Sujeira ...





 Rastilho original, vou tentar reaproveitar










 Essa marca é que está me intrigando... Preciso remover essa tinta preta





 E começa a limpeza profunda




 Antes de avançar a limpeza para escala, resolvi retirar e limpar as tarraxas








 Perceba que os parafusos são todos de fenda, deixando a desconfiar data de fabricação para os anos 50 ou 60...







 Tarraxas fora




 Finalmente aquela tinta está saindo, perceba que foi feito um reparo muito antigo nessa região, mas está bem firme então não vou precisar mexer nisso.









 Olha a diferença de uma tarraxa ja limpa e a outra rsrrs.




 Voltando a data de fabricação... Fazendo breve pesquisa encontrei se não o mesmo, um violão muito parecido com esse meu, seria o Giannini Samba ?


 Sim, deve ser ele mesmo, está bem claro rsrsrs.

Mas o escrito Giannini esta no tampo, e o exemplar desta postagem tem o escrito no headstock, pode ser um modelo um pouco mais antigo que este do catalogo de 73 da Giannini ?

Outro detalhe é que este do catálogo utiliza cordas de aço, enquanto o meu parece me que é para nailon...



 Teria certeza se a etiqueta não estivesse rasgada, pois já vi a mesma etiqueta tanto nos modelos do final dos anos 60 quanto já dos anos 70. A diferença é que os 60 eram ainda na Giannini da Alameda Olga na barra Funda em São Paulo.

As etiquetas Giannini com o endereço Carlos Weber são todas dos anos 70, já na ultima fábrica da Giannini na Rua Carlos Weber - Vila Leopoldina - São Paulo.

Difícil datar com precisão o ano de fabricação desse exemplar, mas muito provavelmente seja sim dos anos 70.



 Continuando o trabalho... Retífica leve de trastes





 Falta a estrela branca né, vou tentar desenhar no "olhometro" kkkkk




 Óia só rapaz... Até que não ficou tão ruim kkkkk




 Não... Espere ...   ... ... 

Ficou horrível kkkk, preciso de um molde da original, claro.








 Até tentei fazer outro na intuição, mas também não ficaria legal.





 Enquanto não consigo a estrela original vou para o rastilho, retificando o original vou conseguir recupera-lo.



 Uma leve retífica no cavalete para baixar as cordas em uma altura confortável, sem trastejar.

Descobri que o cavalete é uma peça de ébano, que maravilha !!! A escala é pintada de preto, pensei que o cavalete também fosse pintado mas não. Agora entendi o porque que a escala é pintada, para combinar com o cavalete preto de ébano.




 Mascarando a escala para um polimento nos trastes.





 Aqui eu raspei a tinta, perceba que madeira bonita essa escala, da vontade de arrancar toda essa tinta, mas ai perderia a originalidade do violão.








 Trastes retificados e polidos huuuummmmm  rsrsrs




 Aqui um molde do molde.. Estou chegando lá...  rrsrsrs





 Consegui o molde com um amigo que tem 3 Giannini´s boca de estrela (caramba, já é dificil encontrar um rsrsrs)









 Esse ja é o terceiro ou quarto que eu faço...



 Depois de muitas tentativas eis que saiu um que o resultado me agradou.

Originalmente essa estrela é bem grossa, tem uns 5mm, eu preferi fazer outra mais leve e mais fina, até para não atrapalhar tanto na vibração do tampo.

Fiz uma estrela com 2mm branco envelhecido para combinar com o visual antigo do violão.




 Agora sim, nas medidas exatas da original.









 Tarraxas limpas









 encordoamento nailon tensão média




















 Agora sim 👍




Fotos na luz do dia, para não perder os detalhes:



































 Interessante a marcação da escala, são bolinhas em relevo.